A Polícia Federal apurou que a falsa enfermeira Cláudia Mônica Freitas, que cobrava R$ 600 e vacinou um grupo de empresários e políticos na semana passada na garagem de uma empresa de transportes, em Belo Horizonte, vacinava pessoas desde o início do mês passado na capital mineira. Para todos, segundo a coluna de Bela Megale, o esquema era o mesmo: Mônica afirmava que aplicava o imunizante contra a Covid-19. A principal hipótese trabalhada pelos investigadores, porém, é que a falsa enfermeira aplicou outro produto e enganou os compradores.
Todas as pessoas que foram vacinadas, tanto na garagem da empresa, quanto em outros endereços localizados pela PF, serão ouvidas na próxima semana, entre elas o ex-senador Clésio Andrade e seus irmãos. O objetivo principal dessas oitivas é saber o que a falsa enfermeira, que, na realidade, é cuidadora de idosos, dizia sobre as vacinas e como convencia as pessoas a comprá-las.
Em uma busca feita nesta semana na casa de Cláudia Mônica Freitas foi encontrado soro, vacinas contra gripe e agulha, entre outros materiais que estavam armazenados em condições precárias de higiene, segundo policiais. A cuidadora foi presa em flagrante e sua prisão convertida em preventiva, ou seja, sem data para terminar. Ela se mantém em silêncio até o momento, por orientação dos advogados.
Batizada de “Camarote”, a operação da PF foi deflagrada com base em uma reportagem da revista “Piauí”, que revelou a vacinação de empresários e políticos na garagem da empresa de transportes dos irmãos Lessa. Eles confirmaram à PF que houve a vacinação.