Mesmo bombardeado por parlamentares, que querem a sua imediata demissão, e vendo o Itamaraty sob bloqueio do Senado, Araújo resolveu partir para o ataque no Twitter:
“Em 4/3 recebi a Senadora Kátia Abreu para almoçar no MRE. Conversa cortês. Pouco ou nada falou de vacinas. No final, à mesa, disse: ‘Ministro, se o senhor fizer um gesto em relação ao 5G, será o rei do Senado.’ Não fiz gesto algum”.
Contrariada, a senadora, que é presidente da Comissão de Relações Exteriores, se justificou aos colegas. Disse que tem testemunha da conversa com Araújo e que a declaração dele é uma “inverdade”. Segundo ela, o ministro resumiu um encontro de três horas em uma “frase péssima como se os senadores tivessem sido vendidos para o 5G”.
A senadora disse ainda que há uma ação orquestrada nas redes bolsonaristas para espalhar que Arthur Lira e os senadores foram comprados pela chinesa Huawei.
Telmário Mota, crítico da atuação de Araújo especialmente sobre as relações com a Venezuela, foi um dos que responderam à senadora. Disse que “não dá para conversar com bandido”.