O presidente Jair Bolsonaro afirmou, em pronunciamento em rede nacional de rádio e TV na noite desta última terça-feira (23), que o Brasil conseguirá vacinar toda a população até o fim deste ano. “2021 será o ano da vacinação dos brasileiros”, afirmou o presidente. “As vacinas estão garantidas.”
Bolsonaro adotou postura comedida, sem citar opositores e nem as restrições de circulação de pessoas adotadas por governadores, medidas que vem criticando repetidamente. O presidente também não falou em medicamentos ou tratamentos que defende para a Covid-19.
Bolsonaro se limitou a responsabilizar as novas variantes pelo agravamento da pandemia da Covid-19, afirmando que o Brasil se prepara para ser “autossuficiente” e poder vacinar anualmente a população brasileira.
“Não sabemos por quanto tempo teremos que enfrentar essa doença, mas a produção nacional vai garantir que possamos vacinar os brasileiros todos os anos, independentemente das variantes que possam surgir”, disse. O presidente citou as três vacinas já aprovadas pela Anvisa para uso emergencial ou definitivo: Oxford/AstraZeneca, Coronavac e Pfizer.
O presidente vive um momento de pressão por causa do agravamento da crise sanitária. Horas antes do pronunciamento, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) anunciou que 3.251 mortes por Covid-19 foram registradas no país nas últimas 24h. Além do recorde de mortes, há escassez de leitos de UTI, de medicamentos para intubação e de vacinas contra Covid-19.
Bolsonaro repetiu o discurso de que, desde o começo da pandemia, tem dito que os principais desafios são o vírus e o desemprego. “Ao final do ano, teremos alcançado mais de 500 milhões de doses para vacinar toda a população. Muito em breve, retomaremos nossa vida normal”, afirmou.
Na manhã desta quarta-feira, o presidente recebe para uma reunião no Alvorada lideranças de outros poderes brasileiros: Rodrigo Pacheco, presidente do Congresso e do Senado Federal; Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados; e Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal. Participam do encontro, ainda, Augusto Aras, procurador-geral da República, ministros e governadores. A pauta: o combate ao coronavírus.