O Hospital Albert Einstein, em São Paulo, bateu nesta última quarta-feira (10) o recorde de pessoas internadas com Covid-19 desde o início da pandemia, com 205 pacientes. Deste total, conforme a coluna de Bela Megale, 87 desses pacientes estão em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) ou em Unidades de Terapia Semi-Intensiva. O Eistein diagnosticou o primeiro caso de coronavírus no Brasil em fevereiro do ano passado.
– Temos batido recordes todos os dias nesta semana. É o pior momento da pandemia no hospital – disse à coluna o presidente do Hospital Albert Einstein, Sidney Klajner.
Segundo ele, todos os leitos estão ocupados, mas o hospital tem capacidade de adaptação e de abrir um total de 300 leitos de UTI para pacientes com Covid-19. Klajner disse que também está em discussão a ampliação do atendimento com estruturas temporárias, similares à de hospitais de campanha.
– O principal motivo do aumento de casos é o comportamento da população. A nova cepa não é o pior vilão, mas sim o abandono da higiene, da máscara e do isolamento social, que são as medidas cientificamente comprovadas para combater o espalhamento do vírus. Enquanto não tiver uma velocidade adequada de vacinação, não vejo uma luz no fim do túnel. Não adianta aglomerar em frente à casa de autoridades que decretaram medidas de isolamento. – disse Klajner.
Com o recorde sucessivo de internações, o Einstein voltou a priorizar cirurgias eletivas de acordo com a urgência dos casos.
– Houve a necessidade de priorizarmos as cirurgias eletivas. O ritmo normal de agendamento continua, mas com um número limitado e dando prioridade a alguns procedimentos. Cirurgia plástica estética, por exemplo, não estão sendo realizadas. – afirmou o médico.