A proposta prevê protocolos de contenção de despesas públicas e uma série de medidas que podem ser adotadas em caso de descumprimento do teto de gastos, regra que limita o aumento dos gastos da União à inflação do ano anterior. O texto também viabiliza a retomada do auxílio emergencial. O senador Jaques Wagner (PT) votou contra.
Em um primeiro momento da sessão, os senadores aprovaram o texto-base por 62 votos a 14.
Auxílio emergencial
A proposta aprovada não detalha valores, duração ou condições para o novo auxílio emergencial. O texto flexibiliza regras fiscais para abrir espaço para a retomada do programa. Isso porque, pela PEC, a eventual retomada do auxílio não precisará ser submetida a limitações previstas no teto de gastos.
A proposta concede autorização para descumprimento das limitações somente para a União, tentando evitar maior deterioração das contas de estados e municípios.
O texto determina ainda que as despesas com o novo programa serão previstas por meio de abertura de crédito extraordinário, a ser encaminhado pelo governo para análise do Congresso.
Nesta quarta-feira, em uma complementação do relatório, o senador Márcio Bittar (MDB-AC), relator da PEC, estipula um limite para gastos fora do teto, no valor de R$ 44 bilhões, para custeio do novo auxílio.
Essa trava não é uma estimativa de quanto custará o programa, mas um teto de recursos para bancá-lo. O limite foi definido após parlamentares tentarem estender ao Bolsa Família a possibilidade de extrapolar o teto, proposta que, segundo Arthur Lira, não será aprovada pelo Congresso.
Em nota enviado ao #Acesse Política, assessoria de Jaques Wagner explica o motivo do voto
‘Todo mundo conhece o compromisso de Wagner em defesa das pessoas mais pobres. Ele votou contra o limite imposto pelo governo, que vai resultar num auxílio insuficiente para a sobrevivência das famílias e em novas regras fiscais que impactarão negativamente no bolso da população. O PT segue defendendo o auxílio de R$ 600 até o fim da pandemia e vacina já! Infelizmente, venceu a proposta do governo, que atende aos mais ricos e ignora os interesses do povo brasileiro’, diz trecho da nota