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O deputado estadual Jacó (PT) vai protocolar no começo da semana que vem, na Assembleia Legislativa da Bahia, um projeto de indicação ao Governo do Estado propondo um auxílio emergencial no valor de R$ 270 para trabalhadores informais do Carnaval de Salvador. A medida visa minimizar os impactos causados pela suspensão da festa em função da pandemia.
Barraqueiros, donos de isopor e carrinhos diversos que se cadastraram na Prefeitura no ano passado para a obtenção da licença que permite o trabalho nos circuitos oficiais da festa, além de catadores de latinha, mototaxistas, roadies, músicos, operadores de som e baianas de acarajé que fazem uma renda extra nesse período são o público-alvo do projeto.
O projeto foi discutido com a União Geral dos Trabalhadores (UGT-BA), central sindical que congrega trabalhadores não-formais em seu quadro de dirigentes. “Quando você abrange o benefício para um público mais amplo transforma o processo numa inclusão cidadã, e dezenas de milhares de famílias poderão ser atingidas positivamente”, avalia Marcelo Carvalho, secretário da entidade.
É a opinião que também compartilha a artista, ativista e representante do Movimento DragPower Petra Perón. “Acredito que a gestão municipal tem de pensar grande como o tamanho de nossa cidade. Os trabalhadores informais são os mais afetados em tempos de crise, e sem o Carnaval deste ano milhares de pessoas estão sem uma fonte de renda”.
Para formular o projeto, que poderá ser custeado e fatiado entre Governo do Estado e Prefeitura, via Bahiatursa, Secretaria de Cultura e Turismo e Saltur, o deputado Jacó baseou-se na lei orçamentária anual, que prevê gastos com eventos culturais e o Carnaval. “Portanto, existe o recurso no orçamento”.
