O Comitê de Política Monetária do Banco Central, o Copom, manteve conforme a Jovem Pan, nesta quarta-feira (20) a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, em 2% ao ano, o quarto congelamento consecutivo após nove cortes seguidos iniciados em julho de 2019, quando estava em 6,5% ao ano.
A redução ao nível mais baixo da história foi anunciado em agosto de 2020 e mantida nas três últimas reuniões do colegiado. A permanência da taxa ocorre mesmo após a disparada de 4,52% da inflação nacional em 2020, acima do esperado pelo mercado financeiro, puxada principalmente pelo encarecimento dos alimentos.
A decisão do Banco Central está em sintonia com o aguardado por economistas e entidades. Para analistas, a taxa de juros deverá se manter nesse patamar até o término do primeiro semestre, para então iniciar um movimento de subida gradual. Segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 18, a Selic irá encerrar o ano em 3,25%.
O hiato até junho é encarado como o suficiente para observar o desempenho da economia brasileira no pós-pandemia diante do aumento do desemprego e do fim do auxílio emergencial. Os primeiros seis meses do ano também revelarão os impactos que o início da imunização contra a Covid-19 terão na recuperação das atividades. “Mesmo com o risco de alta para a inflação neste ano, entendemos que não haverá pressa para elevar a taxa Selic.
O choque de inflação ainda parece temporário, o desemprego se manterá elevado e a política monetária exercerá um papel maior para sustentar a retomada da economia com a retirada dos programas fiscais”, afirma Caio Megale, economista-chefe da XP Investimentos.