Ao menos seis municípios da região Oeste do Pará se aproximam do colapso no sistema de saúde com os estoques de oxigênio no fim. Desde a semana passada, Manaus vive uma crise sem precedentes pela falta no insumo usado no tratamento de pacientes contra a Covid-19.
De acordo com o “Correio Braziliense”, a situação mais grave é no município de Faro, onde pacientes revezam um cilindro de oxigênio existente no hospital da cidade. Moradores do local relatam o desespero de familiares dos doentes e profissionais de saúde.
A cidade fica na divisa com o Amazonas, e muitos moradores viajaram até Manaus no final do ano para encontrar parentes. A capital amazonense é uma das mais atingidas pela segunda onda da pandemia do novo coronavírus no país.
A crise da falta de oxigênio nos hospitais de Manaus levou inclusive o Supremo Tribunal Federal (STF) a cobrar medidas do governo de Jair Bolsonaro (sem partido). Dias antes do colapso, Eduardo Pazuello, ministro da Saúde, esteve na cidade.
Em Faro, segundo apuração do “Correio”, moradores tentam chamar a atenção e mobilizar o governo para envio de oxigênio para a cidade. Paulo Carvalho (PSD), prefeito de Faro, afirmou que ao menos 40 pacientes estão internados com situação de grave comprometimento das funções respiratórias.
Para pior a situação, Manaus já tem registros da nova cepa do coronavírus que, segundo análises preliminares, pode ter uma capacidade de transmissão maior. O Reino Unido é um dos países mais afetados no planeta por essa variante mais poderosa do novo coronavírus.
O Governo do Pará intensificou a fiscalização em Santarém, Juruti, Terra Alta, Faro, Óbidos e Oriximiná, para evitar a entrada de moradores do Amazonas.
O temor é de que a epidemia se agrave, principalmente em razão da nova cepa. “Somos solidários com o povo do Amazonas, mas neste momento precisamos resguardar a vida da nossa população”, disse o secretário regional de Governo da região Oeste, Henderson Pinto, em visita à região no último domingo (17), de acordo com o site O Liberal.