O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações informou nesta semana que cinco hospitais brasileiros começaram a testar plasma sanguíneo em pacientes com a Covid-19. O estudo quer verificar se o plasma de pessoas já recuperadas da doença pode ajudar em quem ainda está batalhando o novo coronavírus.
A pesquisa inclui 120 participantes nos hospitais das clínicas da faculdade de medicina da USP, da Unicamp e de Ribeirão Preto, do hospital Sírio-Libanês e do hospital Israelita Albert Einstein.
Para participar do estudo, é preciso manifestar a forma grave da doença, não receber ventilação mecânica e ter desenvolvido os sintomas dez dias antes do monitoramento.
Os pacientes que se encaixam nos critérios estabelecidos nas cinco instituições participantes são convidados a participar voluntariamente. Ao aceitar, são dividos em três grupos: um recebe 200 ml de plasma, outro, 400 ml, e o terceiro, não recebe nada.
“A expectativa é boa. Há um grupo de pacientes, aqueles que ainda não precisam de ventilação mecânica, que parece se beneficiar desse tratamento”, disse o diretor de pesquisa do Albert Einstein, Luiz Vicente Rizzo.
O MCTIC está financiando o teste com R$ 5 milhões, provenientes do crédito extraordinário para apoio de projetos de pesquisa no enfrentamento da pandemia.
O Hemocentro do Rio de Janeiro vem trabalhando em uma iniciativa semelhante desde o início de abril.