Aliados do ex-ministro Sérgio Moro já veem seu caminho na política como certo. Mesmo com uma postura mais discreta, sem mostrar explicitamente suas intenções, Moro tem deixado claro, segundo esses interlocutores, que o percurso mais provável no médio prazo será mesmo o político-eleitoral.
Segundo o Estadão, a intenção de seguir carreira como advogado ou palestrante enfrentará obstáculos e será observada pela opinião pública com lupa, afirmou a jornal um aliado.
Estratégia
Desde que deixou a pasta, num rompimento traumático com o governo Bolsonaro, tem constantemente sido aconselhado a submergir. O que fez, de certa forma: no seu último mês no ministério, fez 106 publicações no Twitter; no mês seguinte após sair, o volume caiu para 31.
Para o entorno de Moro, o problema é o teor muito mais político dos tuítes e sempre reativo a provocações. Interlocutores disseram que, quando é provocado pelo ex-chefe, “ele não se aguenta”.
Segundo levantamento da consultoria Bites, no dia da demissão, Moro conseguiu, em dois posts, 552 mil interações no Twitter – seu ápice. Ontem, no mais recente embate com Bolsonaro, chegou a 26 mil
“Enquanto não se colocar efetivamente como oposição, vai perder relevância. Nem mesmo os bolsonaristas falam mais dele”, disse o diretor da Bites, Manoel Fernandes.