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O deputado estadual Hilton Coelho (PSOL) apresentou uma série de indicações, exaradas pelo Legislativo baiano, endereçadas aos governos federal e estadual, além da Prefeitura de Salvador, para contribuir no enfrentamento à crise sanitária do coronavírus (covid-19). Parte delas atende às comunidades quilombolas e indígenas, micro e pequenas empresas e moradores da Ilha de Maré, pertencente à capital do estado.
Endereçadas ao governador Rui Costa e ao prefeito ACM Neto, o parlamentar sugeriu que os governos incentivem a fabricação de máscara de pano pelas micro e pequenas empresas de malharia espalhadas pela Bahia, no caso do governo estadual, e em Salvador, em relação ao prefeito da cidade. O objetivo, diz Coelho, é garantir a continuidade dos empregos e, ao mesmo tempo, a proteção da população baiana.
“O ideal é a utilização da máscara modelo N95. Entretanto, como há falta deste produto no mundo inteiro, artigos científicos e especialistas estão recomendando o uso de outros tipos de máscaras, inclusive a de pano que, apesar da menor proteção, já garante algum tipo de barreira contra o espraiamento do vírus”, justifica o legislador, lembrando que o governo estadual distribuirá máscaras para a população e um edital de licitação está aberto para a compra de até 10 milhões de unidades.
Em outro documento, o deputado solicita, aos governos do Estado e da capital, a disponibilização de uma “ambulancha” para atender as necessidades da população de Ilha de Maré, durante o período da pandemia. “É urgente garantir o acesso à saúde, especialmente para os segmentos que têm maior dificuldade de locomoção, dada a existência de barreiras físicas, como é o caso da Ilha de Maré”, argumentou.
Hilton Coelho também encaminhou à Presidência da República e ao Governo da Bahia pedido para que se crie um plano de contingência para o enfrentamento do coronavírus em todas as comunidades quilombolas e indígenas do país, em especial na Bahia, “garantindo, ao menos, a proteção integral à saúde e à segurança alimentar”.
Para o socialista, é urgente garantir a segurança alimentar e sanitária dos territórios quilombolas e indígenas: “Algumas comunidades podem ser muito mais afetadas pela epidemia do coronavírus, dada a fragilidade das políticas de saúde pública e segurança a elas direcionadas. Para fazer frente a esta situação, é necessário que o governo federal e o estadual criem plano de contingência estruturado para enfrentamento da epidemia”.
