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terça-feira 10 de setembro de 2019 às 07:19h

80 políticos ‘ex-esquerdistas’ integram PSL na Bahia após Bolsonaro

POLÍTICA


Pelo menos oitenta políticos baianos de diversos municípios baianos que antes integravam o quadro de três legendas de esquerda – o Partido dos Trabalhadores (PT), o Partido Socialismo e Liberdade (Psol) e o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) – mudaram de orientação política e passaram a integrar o Partido Social Liberal (PSL) após a filiação de Jair Bolsonaro.

O levantamento foi publicado pelo Bahia Notícias, que afirmou ter compilado as informações através de dados abertos disponibilizados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mostra que, do quantitativo, mais da metade, 42 membros, saiu do maior opositor do PSL nas urnas em 2018, o PT.

Um dos políticos que saiu do PT baiano chegou a receber uma “promoção” após mudar de sigla. José Jorge Mota da Cruz, de Nazaré, se tornou o presidente do partido de Jair Bolsonaro na cidade. Ele integrou o PT entre 2001 e 2011. No histórico da vida pública de Jorge José também está o Partido Trabalhista Cristão (PTC), pelo qual ele se candidatou a vereador nas eleições de 2016.

O cenário reflete o que foi apontado pelo jornal Folha de São Paulo em agosto deste ano. Com base nos mesmos dados consultados pelo Bahia Notícias junto ao TSE, uma publicação alegou que o PSL conta com 10 mil ex-filiados ao PT e a outros partidos de esquerda.

O secretário-geral do PSL na Bahia e secretário de Trabalho, Esporte e Lazer de Salvador, Alberto Pimentel, disse ao Bahia Notícias ser inviável fazer uma seleção de quem se filia. “Quando as pessoas se filiam – e a maioria das filiações ocorre pela internet – não temos como saber de qual partido a pessoa vem, não há como realizar esse filtro. Se a pessoa era de um partido de esquerda e hoje filiou-se ao PSL, ela terá que seguir as mesmas diretrizes de todos os filiados ao partido”, salientou.

“É preciso que seja um defensor de nossas bandeiras e do governo do presidente Bolsonaro”, completou. Para ele, a saída de pessoas de partidos de esquerda não seria um sinal de que o espectro ideológico está perto do fim. “Se está havendo essa debandada desses partidos, é um sinal de que a esquerda está se acabando no Brasil”, justificou.

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