49% dos brasileiro só acessam internet pelo celular

Pela 1ª vez, a proporção de usuários que acessam a internet apenas pelo celular (49%) superou a dos que combinam celular e computador (47%).

Os dados foram anunciados pelo CGI (Comitê Gestor da Internet) e fazem parte da pesquisa “Acesso às Tecnologias da Informação e Comunicação – Domicílios 2017″.

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (24). Essa é a 13ª edição da pesquisa. Foram realizadas mais de 23 mil entrevistas em domicílios no Brasil, de novembro de 2017 a maio de 2018.

O uso exclusivo pelo celular é mais comum entre os usuários das classes D e E (80%), e de áreas rurais (72%). Segundo o CGI, isso reflete a realidade dos cidadãos de baixa renda que não possuem múltiplos dispositivos com acesso à internet.

A proporção de usuários de internet no Brasil cresceu 6 p.p. (pontos percentuais), de 61% em 2016 para 67% em 2017. Isso equivale a 120,7 milhões de brasileiros com acesso à rede. Nas áreas urbanas, a proporção é de 71%.

Ainda de acordo com a pesquisa, 87% dos brasileiros usam a internet todos os dias ou quase diariamente. Quando se trata de acesso individual, a pesquisa mostra novamente preferência pelo celular, usado por 96% dos usuários.

As atividades mais realizadas na Internet são: envio de mensagens (90%) e redes sociais (77%).

O acesso a conteúdos audiovisuais também cresceu. Em 2017, disseram ter essa prática 85 milhões de pessoas, 71% dos entrevistados.

ACESSO EM DOMICÍLIOS

O acesso à Internet em domicílios cresceu no Brasil e terminou 2017 com 42,1 milhões de lares conectados. Isso equivale a 61% das residências. Nas áreas urbanas, a proporção é de 65% (cerca de 38,8 milhões de domicílios).

Nas casas das classes D e E, o acesso cai para 30%. É 1 aumento de 7 p.p. quando comparado ao ano anterior. Nas áreas rurais, a taxa é de 34%. Nas classes A e B, a proporção atinge respectivamente 99% e 93%.

MUITO CARO

Segundo a pesquisa, o preço da conexão é o principal motivo para a ausência de Internet nos domicílios: 27% dos entrevistados acham o serviço muito caro.

Por Renata Gomes e Carolina Reis