A terceira via não tem a menor chance nas eleições presidenciais desse ano e a tendência é que seus candidatos desidratem até outubro, numa eleição que será polarizada entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL), disse o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, nesta sexta-feira.
O PSB terá o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin como vice na chapa de Lula. Para Siqueira, Lula e Bolsonaro são os dois únicos candidatos com chance de disputar o Palácio do Planalto.
“A terceira via não tem chances… não se fábrica ou produz lideranças, isso se forja na luta?, disse Siqueira à Reuters durante o evento “Pensar Brasil”.
?Não há terceira via capaz de chegar ao segundo turno e a polarização se deu com duas lideranças postas?, disse Siqueira. ?O nome por si só já é ruim, é terceira por que não é nem primeira nem segunda.
Lula e Bolsonaro lideram as pesquisas de intenção de voto com ampla margem sobre os demais candidatos. Levantamento divulgado nesta sexta mostrou o petista com 44% das intenções de voto e o atual presidente com 32%, enquanto Ciro Gomes (PDT) aparece com 8%; João Doria (PSDB) tem 3%, André Janones (Avante), 2%, e Simone Tebet (MDB), 1%.
“As pessoas dessa dita terceira via são base do atual governo, responsáveis por toda política econômica fracassada que está aí. O que de diferente eles podem fazer? Acho lamentável a polarização, mas temos que enfrentar e mostrar nosso projeto?, acrescentou.
O presidente do PSB comemorou a aliança com o PT, e disse que Lula pode vencer a eleição já no primeiro turno.
“Ainda acho ousadia vencer no 1º turno, mas a polarização pode ajudar a resolver as eleições no primeiro turno?, disse.
A chapa Lula-Alckmin tem como alicerces de campanha a redução da desigualdade social, geração de empregos, expansão da economia, sustentabilidade, preservação do meio ambiente e a ? volta a plenitude democrática?, afirmou Siqueira.
?Temos uma economia que não cresce, inflação e desemprego em alta. Não geraram empregos com a reforma trabalhista e não vieram investimentos coma reforma da Previdência, e temos um presidente que não acredita na democracia e nos valores democráticos?, avaliou.