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terça-feira 15 de setembro de 2020 às 13:09h

Paulo Guedes diz que ‘cartão vermelho’ de Bolsonaro não foi para ele

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a ameaça de demissão dada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao anunciar o fim das discussões do Renda Brasil na manhã desta terça-feira (15) não foi para ele. Em um vídeo divulgado no seu perfil oficial do Twitter, Bolsonaro afirmou que merece “cartão vermelho” quem propor mexer em benefícios de idosos e deficientes públicos para financiar o Renda Brasil.

“O cartão vermelho não foi para mim, conversei com ele hoje cedo”, afirmou Guedes durante o webnário Painel Telebrasil 2020, promovido pela Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil). A fala do ministro estava prevista para as 9 horas, porém, foi adiada por causa de uma reunião de emergência com o presidente. Momentos depois, Bolsonaro anunciou o fim das discussões para a criação do Renda Brasil, o projeto social do governo federal para substituir o Bolsa Família.

O ministro defendeu a fala do presidente e afirmou que o vídeo divulgado nesta manhã foi uma “declaração política” diante a divulgação na imprensa de que o governo estuda congelar benefícios pagos pela previdência social para idosos e portadores de deficiência. “A decisão do presidente foi correta. Se a mídia toda está dizendo que estou tirando dinheiro dos pobres, vou anunciar em alto e bom som: não vou fazer isso. Não vou anabolizar o Renda Brasil e buscar a popularidade sendo irresponsável”, afirmou o ministro.

Mais cedo, o presidente anunciou que, até 2022, em seu governo, não se fala mais em Renda Brasil. Ele citou que acordou surpreendido por manchetes em todos os jornais com especulações sobre o tema. “Jamais vou tirar dos pobres para dar para paupérrimos”, disse. “Quem, por ventura, venha propor medidas como essas eu só posso dar cartão vermelho. É gente que não tem o mínimo de coração e entendimento de como vive o aposentado. Pode ser que alguém da equipe econômica falou, mas não o governo.” Jair Bolsonaro ainda disse que jamais vai congelar salário de aposentados ou fazer com que o auxílio para idosos e pessoas com deficiência seja reduzido por qualquer coisa. “Até 2022, no meu governo, está proibido falar a palavra Renda Brasil. Vamos continuar com o Bolsa Família e ponto final”, completou.

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