Prestes a ser novamente prorrogado, o auxílio emergencial a trabalhadores informais já foi liberado para aproximadamente 67 milhões de pessoas. Isso equivale a quase um terço da população brasileira.
Para bancar o repasse de cinco parcelas de R$ 600, o governo já reservou R$ 254,4 bilhões do Orçamento.
Segundo a Folha, este valor seria suficiente para pagar cerca de cem parcelas do Bolsa Família, considerando o custo mensal de R$ 2,5 bilhões do programa assistencial antes da pandemia do novo coronavírus.
O auxílio emergencial foi criado com o objetivo de dar assistência a trabalhadores informais, parcela da população fortemente impactada pelo isolamento social e as medidas de restrição nas cidades durante a crise de saúde.
O benefício também é pago a desempregados e microempreendedores individuais (MEIs).
Inicialmente aprovado para repassar três parcelas de R$ 600 aos beneficiários, o programa já foi prorrogado uma vez, com a liberação de mais dois pagamentos no mesmo valor. A última parcela é referente a agosto.
Com a aproximação do fim desses repasses, o Congresso pressiona para uma nova prorrogação.
O ministro Paulo Guedes (Economia), que tenta evitar uma explosão de gastos públicos, defende que os novos valores sejam de R$ 200. Membros do governo, no entanto, já contam com parcelas de R$ 300, que podem ser pagas até dezembro.
Ainda não há definição oficial sobre a proposta do governo. Líderes partidários afirmam que aguardam um posicionamento formal do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para negociar os novos valores e prazos para o auxílio.