Segundo o colunista Levi Vasconcelos do jornal A Tarde, estaria no gatilho o disparo do projeto que promete redimir Ilhéus após a tragédia da vassoura de bruxa no cacau e também carimbar a reconfiguração da economia baiana: a Zona de Processamento de Exportação, ou ZPE.
Tudo pronto, e o que falta? Perguntou Levi. A resposta seria simples. O governo federal licitar o trecho da Fiol entre Ilhéus e Caetité, que está 75% construído e com obras em andamento, embora a passo de cágado. Aliás, isso deveria ter acontecido em janeiro, mas o corona afugentou os chineses e o governo adiou para agora em março. Será?
Até Barreiras
Corona à parte, o fato é que interessados não faltam. É o inverso, segundo Otávio Pimentel, empresário, ex-prefeito de Lauro de Freitas, o piloto da ZPE de Ilhéus. E por motivos óbvios.
ZPE é um distrito industrial incentivado, as empresas nele localizadas operam com incentivos federais com a condição de destinarem pelo menos 80% de sua produção de bens e serviços para o mercado externo.
Na projeção da ZPE, todos os setores produtivos da Bahia, do mineral ao artesanal, estarão conectados. Irão desaguar lá, na boca do Porto Sul. E por tudo os empresários interessados na Fiol acham que o trecho até Caetité é pouco, deveria ir até Barreiras, por uma razão elementar: tem carga garantida de ida e volta, ou seja, traz grãos, e leva combustíveis, fertilizantes e afins.
Eis que o futuro imediato de Ilhéus depende do corona, escreveu Levi Vasconcelos.