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quinta-feira 22 de dezembro de 2022 às 09:00h

Zelenksy discursa no Congresso dos EUA: “Ucrânia nunca vai se render”

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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, fez um discurso no Congresso dos Estados Unidos na noite desta quarta-feira (21). Zelensky disse que a Ucrânia “nunca vai se render”, enquanto tentou transmitir uma mensagem de esperança aos ucranianos e abordou os laços entre os EUA e seu país.

“Os russos usam tudo contra cidades ucranianas como Bakhmut, mas a Ucrânia mantém suas linhas e nunca se renderá, disse Zelenksy sob fortes aplausos. “No ano passado, 70.000 pessoas viviam lá em Bakhmut. Agora, apenas alguns civis permanecem. Cada centímetro daquela terra está encharcado de sangue. Donbas está de pé”, disse ele.

O líder ucraniano pediu apoio financeiro contínuo dos EUA, dizendo aos congressistas que “Seu dinheiro não é caridade. É um investimento na segurança global e na democracia que administramos da maneira mais responsável.”

Ele ainda incentivou que os membros do Congresso a fortaleçam as sanções contra a Rússia e que “deixem os terroristas serem responsabilizados pela agressão”. Ele observou que o presidente Joe Biden apoiou seu plano de paz de 10 pontos, mas acrescentou que cada membro do Congresso pode ajudar na implementação.Continua depois da publicidade

Zelensky disse que os ucranianos celebrarão o Natal este ano, apesar das atrocidades da guerra, dizendo ao Congresso: “Mesmo que não haja eletricidade, a luz de nossa fé em nós mesmos não será apagada”.

E encerrou seu discurso dizendo que a Ucrânia alcançará “vitória absoluta”, reiterando seus fortes comentários iniciais, que diziam: “A Ucrânia está viva e ativa.”

Ao final, Zelensky presenteou o Congresso com uma bandeira ucraniana assinada por soldados ucranianos como um presente para agradecer pelas armas que lhes foram enviadas.

A bandeira foi entregue a Zelensky na terça-feira (20) na cidade de Bakhmut, na linha de frente, no leste da Ucrânia.

Em troca, a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, deu a Zelensky uma bandeira dos Estados Unidos dobrada que sobrevoou o prédio do Capitólio nesta quarta-feira (21).

Membros do Congresso aplaudiram Zelensky de pé.

Visita

Mais cedo, o presidente ucraniano foi recebido pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na Casa Branca, com garantias renovadas de apoio dos EUA em meio ao ataque contínuo da Rússia à Ucrânia.

No encontro, Biden prometeu fortalecer a capacidade de defesa da Ucrânia, principalmente sua defesa aérea. “É por isso que vamos fornecer à Ucrânia uma bateria de mísseis Patriot e treinar suas forças para poder usá-la com precisão”, disse.

Segundo Zelensky, a promessa dos Estados Unidos de fornecer o sistema Patriot é um passo importante na criação de um escudo antiaéreo eficaz para a Ucrânia.

“Esta é a única maneira de privar o Estado terrorista de seu principal instrumento de terror — a possibilidade de atingir nossas cidades, nossa energia”, disse em entrevista coletiva na Casa Branca, ao lado do presidente dos EUA.

O sistema Patriot é “um sistema defensivo”, disse Biden a repórteres. “Adoraríamos não ter que usá-los, apenas parem com os ataques.”

Esta é a primeira viagem de Zelensky para fora da Ucrânia desde a invasão russa em fevereiro. O fato de ser para os EUA deve destacar o papel histórico do presidente Joe Biden. O presidente americano busca reviver a aliança ocidental que manteve a União Soviética sob controle e agora está combatendo o novo expansionismo de Moscou em uma guerra entre superpotências nucleares.

A ida de Zelensky é um marco que lembra a chegada do primeiro-ministro britânico Winston Churchill a Washington, que completa 81 anos na quinta-feira, dias após o ataque japonês a Pearl Harbor. Aquela visita de Natal consolidou a aliança que venceria a Segunda Guerra Mundial e construiria o mundo democrático do pós-guerra.

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