O primeiro embate das eleições 2018 entre o governador e candidato à reeleição Rui Costa (PT) e o candidato oposicionista José Ronaldo (DEM) deu-se ontem, durante encontro do setor produtivo com os dois candidatos ao governo do estado, em evento realizado em Salvador.
O candidato democrata cumpriu o script que se espera de quem tem que lidar com o desafio de não ser muito conhecido em Salvador, maior colégio eleitoral do estado. Para tanto, fez Ronaldo fez dever de casa, estudou a administração Rui Costa, descobriu-lhe supostos pontos negativos e partiu para o ataque.
Durante sua intervenção, o Democrata afirmou que obras prometidas por Rui andam “mais devagar do que um cágado” – uma ironia e tanta, visto que Rui se lançou à campanha como o governador “correria”. Dentre tais obras que “não andam”, Ronaldo citou a Ponte Salvador-Itaparica e a duplicação da estrada entre Itabuna e Ilhéus.
José Ronaldo ainda falou sobre a economia baiana, que, em compasso com a brasileira, ainda patina para se recuperar da crise: “Enquanto o PIB do Brasil caiu, o da Bahia caiu muito mais. Enquanto o PIB do Brasil cresceu, o da Bahia cresceu menos”, condenou.
Numa estratégia de não polemizar, aparentemente para não dar forças ao adversário, Rui disse à imprensa, após o evento que não faria ataques aos adversários, porque o eleitorado não quer saber de “futrica política”.
“Eu vou insistir na minha tese. Eu ganhei a eleição em 2014 sem agredir ninguém, apenas dizendo o que já tinha feito na vida e o que me propunha a fazer durante quatro anos. Isso deu certo e eu ganhei a eleição. Vou repetir a dose agora. Vou dizer tudo que já fiz e o que posso fazer pelo Estado da Bahia”, prosseguiu Rui.
O evento foi promovido pela Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (FAEB) e Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio-BA), nesta última terça-feira (7), no Hotel Mercure, em Salvador.
Por Armando Avena