O deputado estadual Zé Raimundo (PT) admitiu nesta última quarta-feira (2), em entrevista a Flávia Requião e Carine Andrade, do portal Bahia Notícias, que uma eventual disputa à presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) é algo que está fora de questão e que aceitou ocupar cadeira na mesa diretora, como 1º vice-presidente, contra a sua vontade, após insistência de pessoas próximas.
“Eu resisti, eu não queria vir para esse cargo [de vice-presidente]. Foram os amigos que me obrigaram”, disse. Segundo o petista, o seu estilo de fazer política é mais pautado na discrição e as “estruturas de poder cansam muito”.
Questionado se declinaria da missão de disputar à presidência da AL-BA, caso a oportunidade, que é vislumbrada por todos os demais deputados, batesse à sua porta, Zé Raimundo foi enfático: “Eu acho que a presidência da Assembleia é algo que não está no meu horizonte. Eu gosto de contribuir, de fazer parte das comissões, de presidir comissões, de debater. São tantos os pré-candidatos, são tantos os interessados. Isso é muito em função da força partidária”, admitiu o deputado, eleito pela Federação Brasil da Esperança – Fé Brasil (PT/PCdoB/PV).
A declaração de Zé Raimundo causa estranhamento, uma vez que, além de já ter sido prefeito de Vitória da Conquista, uma das cidades mais populosas do Estado, é um dos fundadores da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e do PT, partido que está no poder há 16 anos e sete meses, com cinco mandatos de continuidade.