Após a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT) representar contra as deputadas Carla Zambelli (PSL-SP) e Bia Kicis (PSL-DF) no Supremo Tribunal Federal (STF), as deputadas bolsonaristas contra-atacaram segundo o site Congresso em Foco e entraram com representação na Procuradoria-Geral da República (PGR), nesta última terça-feira (3), contra a petista por crime de calúnia.
Gleisi acusou as deputadas do PSL de fazerem “apologia ao crime”. Para a petista, a apologia aconteceu quando as deputadas compartilharam o vídeo em que Gleisi aparece, ao lado de sua filha de 14 anos e do ex-senador Lindbergh Farias, sendo hostilizada.
Zambelli publicou em seu Twitter uma postagem em que chamou a hostilização sofrida por Gleisi de “lei do retorno”. “Não tenho o hábito de aplaudir atitudes de intimidação frente à (sic) pessoas, principalmente quando estão em menor quantidade. Mas, nesse caso, bato palmas para os cidadãos, pois não vejo como intolerância. É a tal da lei do retorno”, publicou Carla Zambelli em rede social.
Já a deputada Bia Kicis, disse em publicação no Twitter que Gleisi “recebeu o amor que merece”. “Perdoem-me por invadir o domingo de vcs com uma visão dos infernos mas tinha que compartilhar c/ vcs a amante mais querida do Brasil recebendo o amor que ela merece. E no final, ela não resiste e solta o nome que ela não consegue esquecer”, publicou.
Segundo o Congresso em Foco, no pedido protocolado na PGR, Kicis e Zambelli pedem que seja designada audiência preliminar para conciliação e, em caso de impossibilidade, que Gleisi responda as suas queixas.
Para as bolsonaristas, a presidente do PT “se pôs na situação de vítima perseguida em locais públicos” uma vez que seu partido enfrenta diversas acusações de atos de corrupção. “[…] pela reprovação popular que é inerente, lhe causara vergonha, humilhação e aflição”, aponta no documento.
Kicis e Carla Zambelli afirmam que a divulgação do vídeo em suas redes sociais no qual Gleisi é criticada pela população não é motivo para a “grave e caluniosa atribuição de apologia ao crime”. Justificam ainda que a própria petista publicou o vídeo em questão. “Ao divulgar o próprio vídeo, seguido de oferta desnecessária de notícia de apologia ao crime, a representada pratica violação penal, que em tese condena.”
Segundo as representantes, é “nítido o intento de caluniar, ofender a moral das deputadas Bia e Carla, tão somente por rixa política da petista. Isso é grave, caluniar é sim outra face da apologia criminosa, não o contrário”.