O presidente da China, Xi Jinping, durante visita ao comando de operações conjuntas da Comissão Militar Central nesta quarta-feira (9), orientou os militares a se prepararem para “conflitos imediatos” devido a tensões mundiais “não vistas em um século”.
Agências de notícias da China relataram que, no discurso proferido aos militares, Xi Jinping, vestido com trajes militares, enfatizou que a “segurança nacional da China está enfrentando uma crescente instabilidade e incerteza”, o que aumentaria a responsabilidade das forças armadas.
Entre os pedidos feitos, estão a “prontidão de combate, aumentar a capacidade de lutar e vencer, e cumprir efetivamente as missões e tarefas na nova era”, afirmou.
O presidente chinês também evocou princípios acordados no 20º Congresso Nacional do Partido Comunista da China, que lhe garantiu um inédito terceiro mandato como secretário-geral do partido e, assim, a continuidade no posto de líder do país.
Durante o Congresso, a questão da “segurança nacional” apareceu como prioridade. O partido incluiu pela primeira vez em seus estatutos uma menção à “firme oposição” à independência de Taiwan, ilha de 23 milhões de habitantes que Pequim considera como parte de seu território, embora Taiwan tenha um governo democrático próprio há mais de 70 anos.
As tensões a respeito da ilha aumentaram com Washington após a visita em agosto da presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi. Pequim considerou a viagem uma afronta a sua soberania e organizou pouco depois os maiores exercícios militares de sua história ao redor de Taiwan.
A China também se diferencia da tendência Ocidental de condenar a guerra na Ucrânia impetrada pela Rússia, considerada uma aliada de Pequim.
Ao mesmo tempo, o país pede respeito à “integridade territorial” dos países em fóruns globais, como no Conselho de Segurança, justamente por considerar Taiwan como parte de seu território.