Em 2016, o novo ministro da Educação, Abraham Weintraub, chegou a citar o modelo de aposentadoria plena aos 70 ou 75 anos como exemplo a ser seguido.
“Não se pode tratar desiguais como iguais, um cortador de cana como um marceneiro ou um escriturário ou médico, pois todos vão chegar à velhice em condições bem diferentes e com diferentes expectativas de vida”, disse Weintraub à época. “Por isso, Itália e Canadá criaram propostas nas quais o trabalhador se aposenta com 70 ou 75 anos, mas começa a receber o benefício e a desacelerar sua vida profissional bem antes”.
“O cortador de cana, com 50, já está meio acabado, mas já começa a contar com a renda extra da contribuição que deixa de pagar. Já aos 55, esse mesmo trabalhador passaria a receber R$ 250,00, o que para ele é um bom reforço na renda. E, nos anos seguintes, ele vai acumulando os benefícios, com mais 25% a cada cinco anos, até chegar aos 70 anos recebendo o valor integral”, completou.