O deputado federal Washington Quaquá (PT-RJ) foi condenado conforme Octavio Guedes, da GloboNews, a pagar indenização por danos morais a Berenice Seara, a mais conceituada colunista política do estado do Rio de Janeiro. Berenice havia publicado duas notas sobre a insistência de Quaquá em fazer o PT do Rio a apoiar Claudio Castro, candidato de Jair Bolsonaro (PL) a governador do Rio. O PT nacional, lógico, reagiu.
Quaquá não contestou as informações, mas usou as redes sociais para fazer ataques misóginos à colunista. Insinuou que mulheres usam o jornalismo para fazer dinheiro ilegalmente a fim de comprar botox.
Na sentença o juiz Mauro Nicolau Junior, da 48 Vara Civel do Tribunal de Justiça do Rio determinou a definitiva exclusão das postagens ofensivas, sob pena diária de R$ 5 mil. O juiz julgou procedente as reclamações da jornalista, que considerou que Quaquá “atacou sua condição de mulher e colocou em dúvida sua honestidade, isenção e independência jornalística”.
Quaquá é assim. Um político de esquerda e chefe político de um reduto eleitoral, a cidade de Maricá, onde há interessantes projetos sociais, desde ônibus de graça a uma economia local dinamizada por uma moeda social. Tudo irrigado por muito dinheiro dos royalties. Mas, justiça seja feita, outras prefeituras irrigadas por dinheiro do petróleo, jogaram o dinheiro no lixo, gastando em supérfluos.
Mas na forma de fazer política, Quaquá parece um bolsonarista que caiu num balde de tinta vermelha. Trata adversários como inimigos políticos, usa a violência física com prática política, exatamente como Bolsonaro fez em diversas ocasiões no plenário e, pelo visto, ataca mulheres jornalistas como um bolsonarista raiz faria.
O juiz considerou que Quaquá ao exercer o direito de defesa, não deu qualquer argumento para alterar a condenação