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Waldir Pires foi cremado e sua trajetória fica na história dos baianos

domingo 24 de junho de 2018 às 17:54h

Diz uma história que Waldir Pires quando ainda era jovem, lá pelo final dos anos 1940, teve tuberculose, isso quem contou foi o jornalista, Emiliano José, que era o biógrafo dele.

Disse que Waldir passou longo período de recuperação, mais de seis meses, em Minas Gerais. No início dos anos 50, uma recaída. Depois teve febre tifo numa época em que muita gente morria da doença. Tomou os medicamentos que  baixaram as estatísticas de mortes ainda nos seus primórdios, uma quase cobaia. Por isso  dizia:

– Acho que vou morrer jovem. Ou, se ficar velho, terei uma velhice sofrida.
Ressalva Emiliano:

– Não aconteceu nem uma coisa nem outra.

Waldir Pires foi à Lavagem do Bonfim a pé, da Conceição à Colina Sagrada até 2016.

Em 1982, candidato ao Senado, estava em Camacan, ao lado de Roberto Santos, candidato ao governo. No meio de uma ladeira Roberto parou, Waldir indagou:

– O que houve?

– Vou dar uma descansadinha.

E Waldir:

– Vamos lá, Roberto. Candidato não cansa.

Waldir Pires foi cremado neste domingo (24) no cemitério Jardim da Saudade em Brotas, Salvador.

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