O presidente Jair Bolsonaro (PL) evitou comentar nesta quinta-feira (26) em evento em Minas Gerais, sobre o episódio envolvendo a Polícia Rodoviária Federal (PRF) no qual Genivaldo de Jesus Santos foi morto, asfixiado, depois de ser colocado em uma viatura que se transformou em uma “câmara de gás”.
Ao ser perguntado sobre o assunto, Bolsonaro disse que não se admite executar ninguém, mas que iria pedir informações à PRF.
Ele ainda lembrou de outro episódio envolvendo a PRF, mas com os policiais como vítima e não como autores de crimes.
“Vou me inteirar com a PRF”, disse.
“O que eu vi há pouco, há duas semanas, aqueles dois policiais executados por um marginal que estava andando lá no Ceará. Foram negociar com ele, o cara tomou a arma dele e matou os dois”, lembrou o presidente, referindo-se ao crime ocorrido em Fortaleza, onde agentes foram mortos a tiros supostamente disparados por um morador em situação de rua.
“Uma coisa é execução. A outra eu não sei o que aconteceu. Ninguém admite ninguém executar ninguém. Mas não sei o que aconteceu para te dar uma resposta adequada”, disse o presidente.
De acordo com familiares de Genivaldo, ele tinha 38 anos, sofria com esquizofrenia e tomava remédios há 20 anos. A mulher dele acusou os policiais de agirem “com crueldade para matar”.
O caso aconteceu na tarde da quarta-feira (25). Vídeos gravados por testemunhas mostram que ele foi imobilizado por agentes da PRF e depois colocado dentro do porta-malas da viatura, de onde saia uma nuvem de fumaça branca.
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Sergipe indicou que ele morreu por asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda após abordagem violenta da PRF.