Relator do arcabouço fiscal na Câmara, o deputado federal pela Bahia, Claudio Cajado (PP) afirmou nesta quinta-feira (17) que a definição da data de votação do texto pelos deputados será definida na noite de segunda-feira (21), em reunião na residência do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), com líderes partidários e técnicos do governo federal.
Cajado voltou a defender segundo Cristiane Agostine, do jornal Valor, que seu relatório, sem as modificações feitas no Senado, seja votado pelo plenário da Câmara e afirmou que seu texto é “tecnicamente sustentável”.
No entanto, ponderou que não vai criar um “cavalo de batalha” se os deputados negociarem a votação do projeto com a inclusão de propostas do Senado.
Cajado participa hoje de um evento do PP na capital paulista, para filiar o secretário estadual da Casa Civil de São Paulo, Arthur Lima, ao partido. Lideranças nacionais do partido, como Lira; o presidente nacional do PP, Ciro Nogueira; a senadora Tereza Cristina (MS) e o governador de Roraima, Antonio Denarium, também estão no evento.
A participação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), chegou a ser confirmada pela assessoria do PP, mas o governador não compareceu.
Ao ser questionado se a demora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para fazer a reforma ministerial e incluir o PP no primeiro escalão tem dificultado as votações no Congresso, Cajado disse que “ficaria mais fácil se o governo tivesse uma base mais consolidada”. “Mas não vejo ruído nem interferência em matérias da pauta econômica.”
Cajado evitou criticar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que criou polêmica com Lira ao dizer que a Câmara concentra muitos poderes. Para o parlamentar, o Judiciário tem tido maior protagonismo no país do que o Legislativo.