A companhia de logística VLI, controladora da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), informou nesta terça-feira (20) na Reuters, que protocolou dois novos pedidos de autorização na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para a construção de trechos ferroviários na Bahia orçados em cerca de 5 bilhões de reais.
Os trechos somam mais de 200 quilômetros e deverão ligar as cidades de Correntina a Arrojolândia e de Barreiras a Luís Eduardo Magalhães, importante polo agrícola da Bahia.
As estradas de ferro vão conectar grandes projetos públicos estruturantes em curso: os trechos I e II da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL), possibilitando o escoamento da carga da região ao porto de Ilhéus, acrescentou em nota.
“As propostas agora seguem trâmites internos na ANTT e no Ministério da Infraestrutura para posterior assinatura de contrato de adesão”, completou a VLI.
Após esta etapa, a companhia passará à realização de estudos técnicos de engenharia, socioambiental e análises de viabilidade, para, com os resultados, seguir com a execução dos projetos.
“Os novos projetos que protocolamos reforçam a presença da VLI na Bahia, onde já operamos por meio da FCA”, disse o presidente da VLI, Ernesto Pousada, citando que os investimentos são possíveis com o novo marco legal das ferrovias.
Uma vez executados, os projetos de autorização entre Correntina e Arrojolândia e Barreiras a Luís Eduardo Magalhães terão 83 e 141 km, respectivamente, ambos em bitola larga.
O oeste da Bahia é uma referência no agronegócio nacional, sendo que a soja ocupa cerca de 65% da área total cultivada na região. A região também é importante produtora de algodão.
Conforme apurou o #Acesse Política, a ferrovia irá potencializar o desenvolvimento da região, com geração de emprego e renda, fazendo o PIB do estado aumentar substancialmente, afirmam especialistas.