O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta última sexta-feira (9) que atingir um acordo com a Ucrânia sobre a guerra é “inevitável” durante evento na cidade de Bishkek, informou a agência de notícias estatal Tass.
O chefe do Kremlin ainda informou que a “operação militar especial”, como os russos chamam o conflito no país vizinho, deveria “ter começado antes”, mas que ele “aguardava” que um novo acordo ainda no âmbito dos Protocolos de Minsk, firmados em 2015, ocorresse.
Putin também comentou o novo teto no preço do valor do gás russo imposto pela União Europeia e disse que um decreto em resposta a medida será publicado “nos próximos dias”. Além disso, voltou a ameaçar com o corte de fornecimento de petróleo e gás para todos os países que adotarem a regra.
Apoiadores e aliados
Na longa conversa com apoiadores e aliados, o presidente russo pontuou que uma nova troca de prisioneiros, como no caso da jogadora de basquete Brittney Griner, “é possível” e disse que isso se trata de uma “questão de conversas e de busca de um compromisso”.
Sobre os recentes encontros entre os diretores das agências secretas da Rússia, Sergey Naryshkin, e dos Estados Unidos, William Burns, o mandatário destacou que a iniciativa foi tomada por seu homólogo norte-americano, Joe Biden, e não por Moscou.
– Falando dos contatos entre os serviços no exterior de Inteligência russos e da CIA, não foi uma iniciativa nossa. Essas negociações foram iniciadas pela parte estadunidense. O presidente Joe Biden propôs organizar esse encontro – pontuou ainda.
Putin ordenou a invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro deste ano e, até o momento, não há sinais de que tratativas de cessar-fogo ou de paz estão no horizonte no curto prazo.