As relações de Portugal com o Reino Unido foram de grande relevância para a história do Vinho do Porto, desde o século XVII. Claro que algo tão popular em todo o mundo teria alguma controvérsia associada.
Os produtores ingleses de Vinho do Porto, atribuem a sua “descoberta” aos mercadores britânicos, que no século dezassete adicionaram Brandy ao vinho da Região Demarcada do Douro, a cerca de 100 km da cidade do Porto, para evitar que azedasse. No entanto, este método já era usado na altura dos Descobrimentos, para que o vinho se conservasse entre longas viagens. Não podemos, no entanto, tirar o mérito ao Reino Unido, e ao papel que desempenhou na internacionalização do “Port”.
Para isso, temos de falar do Tratado de Methuen, ou Tratado de Panos e Vinhos, assinado entre Portugal e o Reino Unido em 1703. Este tratado estabelecia que os ingleses teriam direitos preferenciais na compra dos vinhos portugueses, e os portugueses permitiriam a entrada livre de tecidos britânicos no mercado do país. Assim, a região do Douro viu a produção de Vinho do Porto intensificada.
A influência inglesa no comércio de Vinho do Porto pode ser vista, por exemplo, no nome das marcas, que geralmente eram os apelidos das famílias inglesas que exportavam a bebida.
Mas, engane-se se acha que os ingleses eram os únicos a importar Vinho do Porto para o seu país! Também a Holanda, a Alemanha e a França eram (e são) bastante apreciadores desta bebida alcoólica.
No Brasil, imperador D. Pedro I costumava ingerir todos os dias pela manhã uma taça de vinho do Porto. Assim também durante as refeições ele também costumava beber o mesmo vinho acompanhado de muitos copos d’água.