domingo 22 de dezembro de 2024
Josenaldo Alves, detido por participação nos atos golpistas Redes sociais/Reprodução
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sexta-feira 13 de janeiro de 2023 às 07:39h

Vigilante do STF é preso por participação em atos golpistas na Praça dos Três Poderes

JUSTIÇA, NOTÍCIAS


Um vigilante terceirizado do Supremo Tribunal Federal (STF) foi preso por participação nos atos golpistas na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Josenaldo Batista Alves, de 48 anos, consta na lista dos 1.159 suspeitos encaminhados ao sistema prisional do Distrito Federal, segundo a Secretaria de Administração Penitenciária. Ele foi detido em flagrante no último domingo, dia 8.

O STF informou ainda, de acordo com Eduardo Gonçalves e Daniel Gullino, do O Globo, que abriu um processo para investigar “se o vigilante repassou informações sensíveis que possam ter fragilizado a segurança”. A Corte também afirmou não saber se ele participou de atos de vandalismo dentro do prédio do Supremo.

“A empresa terceirizada foi notificada do ocorrido, e o STF apura se o vigilante repassou informações sensíveis que possam ter fragilizado a segurança. As investigações estão em andamento, e ele responderá por seus atos conforme o devido processo legal”, diz o texto enviado pelo Supremo.

Alves trabalha para a empresa Zepim Segurança e Vigilância, que presta serviços ao STF e outros órgãos públicos. Ele estava de folga no dia dos atos.

Procurada, a empresa se pronunciou por meio de uma representante do RH que não se identificou. Ela afirmou que não compete à empresa se manifestar sobre o que um funcionário faz em seu dia de descanso.

— O que um funcionário faz no dia de folga dele não cabe a nós. Em questão do que vai acontecer com ele, isso só é relacionado a ele. Não temos nada a declarar — disse.

Segundo a Polícia Federal, Alves e os outros 1.158 suspeitos presos devem responder pelos crimes de terrorismo, associação criminosa, atentado contra o Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, perseguição e incitação ao crime. O advogado do suspeito não foi localizado pela reportagem.

No último domingo, a sede do Supremo foi invadida e depredada por um grupo de manifestantes que não aceitam o resultado das eleições e pedem um golpe de Estado. O ato, que também culminou com o quebra-quebra nos prédios do Planalto e Congresso, partiu do acampamento montado em frente ao quartel-general do Exército.

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