Danielle Cavalcanti dos Santos e Alexandre Campos vão responder por “lesão coporal”, com pena prevista de três meses a um ano de prisão
O caso de um menino baiano de 6 anos que foi agredido por um casal dentro de um condomínio residencial de Brasília, no último domingo (9), ganhou mais um capítulo. A identidade dos suspeitos foi revelada pela Polícia Civil, nesta quinta-feira (13). Danielle Cavalcanti dos Santos e Alexandre Campos vão responder por “lesão coporal”, com pena prevista de três meses a um ano de prisão.
“Há ainda a possibilidade de eles responderem pelo crime de ameaça e por terem submetido o próprio filho a um constrangimento, crime este previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente”, informou a corporação.
O casal não mora no local, e, no dia, visitava um familiar. O garoto e a irmã, com quem estava no momento da confusão, são de Feira de Santana, na Bahia, e passavam férias em Brasília com a tia, Jucinea Nascimento.
A vítima, Fernando (nome fictício), foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) para fazer o exame de corpo de delito. A tia prestou queixa contra os agressores no mesmo dia. Ao G1, a mãe do garoto disse que pretende levar o caso “até o final”. “Ainda não tomei nenhum providência cível, estou meio desorientada”, lamentou a mulher, de 38 anos. “Esses pais têm que se sentir, no mínimo, envergonhados, porque é inacreditável, inaceitável e lamentável o que fizeram”, disse.
Entenda o caso
Fernando jogava futebol na quadra do condomínio com outras crianças. Em determinado momento, um garoto cai no chão ao tentar fazer um drible. Imagens do circuito de segurança do residencial flagraram o momento em que Alexandre Campos entra no espaço e segura Fernando por trás, imobilizando os braços dele.
Nas imagens também é possível perceber o garoto que caiu ferindo Fernando no rosto. Segundos depois, surge Danielle Santos e empurra a vítima. A irmã de Fernando, sem reação, é vista nas câmeras, de short vermelho. “Ela estava roendo as unhas, como quem não podia fazer nada”, disse a mãe.
“O Fernando é criado em uma família de amor e carinho. Ele é muito tranquilo, não é de bater”, disse a mãe ao G1. “O tapa que aquela mulher deu no meu filho doeu em mim. Me deixou revoltada.”