Um grupo de familiares de israelenses mantidos reféns pelo Hamas invadiu uma sessão da comissão parlamentar em Jerusalém nesta segunda-feira (22). Os parentes exigiram que os legisladores “façam mais” para tentar libertar seus entes queridos, publicou a Reuters. Ao todo, cerca de 130 pessoas permanecem presas no enclave palestino.
Uma mulher exibiu fotografias de três familiares que estavam entre os 253 detidos nos ataques terroristas de 7 de outubro. Alguns foram soltos durante uma trégua realizada em novembro. Na sessão, outras pessoas ergueram cartazes que diziam: “Vocês não vão ficar sentados aqui enquanto eles morrem lá”.
A ação ocorre após parentes e apoiadores de reféns detidos pelo Hamas na Faixa de Gaza terem se reunido em frente à casa do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu em Jerusalém. O grupo armou barracas no local e exigiu que o governo israelense chegasse urgentemente a um acordo para garantir a libertação das vítimas.
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O protesto começou quando Netanyahu rejeitou, neste domingo, as condições impostas pelo Hamas para a libertação de reféns. A decisão do primeiro-ministro, por sua vez, foi feita depois do grupo divulgar um documento justificando o ataque contra o Estado judeu, referindo-se à agressão como um “passo necessário e uma resposta normal a todas as conspirações israelenses contra a população palestina”.
— Em troca da libertação dos reféns, o Hamas exige o fim da guerra, a retirada das nossas forças de Gaza, a libertação de todos os assassinos. Se aceitarmos, nossos soldados terão caído em vão. Se aceitarmos isso, não seremos capazes de garantir a segurança dos nossos cidadãos.
Lidando com pressões internas em seu governo de emergência, montado após o ataque do Hamas, e também externas, Netanyahu tem se mostrado impassível sobre aliviar a ofensiva militar contra o enclave palestino. Na noite de sábado, o premier entrou em rota de colisão com a proposta dos Estados Unidos para solucionar o conflito por meio da criação de um Estado palestino, renegando a ideia americana.