Os raios globulares são esferas flutuantes e luminosas de plasma que parecem ter saído de um filme de ficção científica. O avistamento deste fenômeno não é comum, mas quando acontece pode ser impressionante e, ao mesmo tempo, mortal, e os pesquisadores ainda não sabem bem como ele se forma. Alguns dizem que são portais para outras dimensões, outros, afirmam ser naves alienígenas.
Durante muito tempo não se sabia nem mesmo se a existência dos raios globulares era real, visto que ela era apoiada apenas em testemunhos oculares. Esferas de plasma já foram observadas em laboratório, no entanto, não é possível dizer que os processos envolvidos na reprodução do fenômeno são os mesmo que acontecem naturalmente.
Assista:
O estudo mais abrangente sobre o assunto foi feito apenas alguns anos atrás por pesquisadores da Northwest Normal University em Lanzhou, na China. O raio globular foi observado por uma câmera e um espectrômetro no planalto de Qinghai, uma região conhecida pelos frequentes raios.
Avistamento de raios globulares
A observação foi feita a cerca de 900 metros do fenômeno e o brilho aparentemente possuía 5 metros de diâmetro, mas provavelmente o tamanho real da esfera era menor. A análise feita pelo espectrômetro revelou que o raio globular era composto por ferro, silício e cálcio, o que permitiu uma explicação do que poderia causar o fenômeno.
Os elementos observados na composição do fenômeno são abundantes no chão, assim, a esfera de plasma pode ter sido causada por um raio normal que atingiu e vaporizou o solo. O vapor de silício quando interage com o oxigênio acaba gerando brilho e calor, fornecendo uma boa hipótese para o fenômeno. Existem outras teorias, e pode ser que os raios globulares possam se formar de mais de uma forma.
Durante a observação não foi possível estimar a que altura a esfera de plasma estava do chão, mas relatos de avistamentos do fenômeno dizem ser bem próximo. O encontro com essas bolas luminosas é geralmente feito de bem perto, isso porque segundo o físico atmosférico, Mark Stenhoff, em resposta ao IFLScience, o brilho do fenômeno é semelhante a uma lâmpada de 100 W.
Em condições de luz do dia, seria difícil vê-lo de muita distância. Muitas vezes, é relatado bem próximo ao solo, então as obstruções também limitariam a distância pela qual ele poderia ser observado em um ambiente urbano.
Mark Steinhoff
Além disso, a observação do fenômeno também pode ser perigosa. Os raios globulares podem explodir sem nenhuma explicação e se tornar mortal para pessoas muito próximas, com relatos históricos onde ele deixou feridos e até mesmo óbitos.