No bairro da Barra em Salvador choveu notas R$ 100 e de R$ 50. A “chuva de dinheiro” aconteceu conforme o jornal Correio em um dos apartamentos do Monte Pascoal Praia Hotel e causou uma confusão à medida que as pessoas disputavam a dinheirama. Os relatos dão conta de que, pela quantidade de cédulas arremessadas de uma só vez, o montante seria de aproximadamente R$ 10 mil.
A confusão foi tamanha que algumas pessoas queriam subir na marquise na entrada do hotel, onde caiu uma grande quantidade de dinheiro. Funcionários acionaram a Polícia Militar, que por sua vez conteve a multidão.Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o feito inusitado, que teria acontecido durante uma briga de um casal de hóspedes. Mas ninguém sabe ao certo o motivo, raivoso ou não, que fez a alegria de muita gente, que saiu de lá com bolso cheio.
“Foi um bafafá. Só tinha notas de R$100 e R$50. Eu, lerdo, só peguei R$ 150 porque na hora estava gravando os vídeos. Ô raiva… Essa hora poderia estar com a patroa comendo um belo peixe no Imbuí. Da próxima vez, não vou gravar”, contou o motorista de aplicativo Atan Gama de Araújo, 28, que postou no seu perfil do Instagram cenas do episódio.
A “chuva de dinheiro” aconteceu por volta das 21h, na Rua Marquês de Caravelas. O hotel tem oito andares e o arremesso teria ocorrido em um dos últimos apartamentos. “O que todo mundo está falando é que houve uma briga de casal e uma mulher jogou o dinheiro. Foi uma confusão. As pessoas invadiam a pista e os carros não passavam. Teve gente que saiu com bolo de dinheiro, pegou R$ 500, R$700, até R$ 950. Um dos seguranças do hotel pegou, pelo menos, 13 cédulas que estavam na marquise”, disse Atan Uber, como é conhecido o motorista de aplicativo nas redes sociais. Na hora, ele havia parado para lanchar numa de fast food quando ouviu a gritaria que vinha do hotel. “É dinheiro, é dinheiro”.
Apesar da confusão, o dono da barraca de lanches Barra Center, Jerônimo Oliveira, 48, custou a acreditar o que os olhos viam. “Nunca ia imaginar que aquela chuva era de dinheiro verdadeiro. Achava que era falso. Só depois que vi que vacilei”, contou ele, que na hora ficou estático acreditando que as pessoas faziam papel de besta.
Já o segurança de uma lanchonete, Ronaldo Santos, 37, disse que não se juntou à disputa pelas cédulas, porque não poderia deixar o local de trabalho. “Não podia abandonar o posto. Caiu dinheiro nas varandas do hotel. Na hora, isso aqui virou um Canaval. Até turista saiu com o bolso cheio. Mas se hoje acontecer de novo, vou dar meu jeito de cair para dentro”, revelou ele, mirando os olhos para os últimos andares do hotel.
Ronaldo disse que os funcionários acionaram a polícia, pois não conseguiam conter a multidão que insistiu subir na marquise. “O povo estava tentando pular de qualquer jeito para pegar. A entrada do hotel estava uma confusão, que só parou com a PM”, relatou.
O taxista Humberto da Cruz, 60, até pensou em se jogar no bolo, mas desistiu. “Era muita confusão. Cheguei até dar alguns passos, mas desisti porque os moradores de rua já estavam brigando entre si e eu, já um idoso, não tinha condições de disputar com eles”, relatou. Ele disse ainda que, um dos policiais que foram acionados para o local, custou a acreditar quando chegou. “O policial estava ao meu lado parado e disse: ‘O que é isso? Parece coisa de filme. Se eu não estivesse fardado…’ e foi para frente do hotel controlar o povo’”, relatou.
A dinheirama foi arremessada uma única vez. Apesar disso, quem pegou e quem também não pegou permaneceu em frente ao hotel até o início da madrugada, à espera de nova “chuva de cédulas”, o que não aconteceu. Na manhã deste domingo (17), o jornal Correio informa que procurou os funcionários do hotel, mas ninguém quis falar sobre o assunto. A Polícia Militar informou que unidades da 11ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) e da Rondesp Atlântico foram acionadas para conter uma ocorrência de tumulto no local, mas ao chegar já encontraram tudo normalizado.