O alpinista Muhammad Hassan, de 27 anos, morreu depois de ter se ferido gravemente durante uma escalada na montanha K2, que é considerada a segunda mais alta do mundo. Recentemente foi divulgado um vídeo em que mostra os colegas passando por cima do corpo, que foi abandonado no local.
Resumo:
- O alpinista sofreu um grave acidente após uma avalanche;
- Depois que as imagens foram divulgadas nas redes sociais, grupos de montanhistas e alpinistas criticaram a atitude do grupo;
- As condições no local são tão adversas que não foi possível retirar o corpo.
- A montanha K2 fica atrás apenas do Monte Everest. Ela tem 8,6 mil metros de altura e fica na fronteira entre o Paquistão e a China.
Muhammad havia sido contratado para ser carregador da equipe de alpinistas. Quando eles estavam a cerca de 400 metros de distância do topo da montanha, houve uma avalanche e Hassan se acidentou.
Assista:
Um integrante da equipe tentou ajudar Hassan, mas logo em seguida deixou o local. Na altura em que estavam, o ar é tão rarefeito que todas as pessoas tiveram de usar máscaras de oxigênio.
Assim que as imagens foram divulgadas nas redes sociais, diversos grupos de montanhistas e alpinistas profissionais e amadores criticaram a atitude do grupo. O alpinista Wihelm Steindll participou da escalada, mas decidiu voltar para o acampamento mais cedo devido às condições perigosas.
“Foi uma corrida muito acirrada e competitiva até o topo. O que aconteceu lá é escandaloso. Uma pessoa viva é deixada para trás para que recordes possam ser estabelecidos. Foram necessárias apenas três ou quatro pessoas para salvá-lo. Se eu tivesse visto, teria subido para ajudá-lo”, afirmou.
A alpinista norueguesa Kristin Harila, que também participou da expedição, disse por meio das redes sociais que alguns colegas tentaram ajudar Hassan. Teria ocorrido, inclusive, tentativas e içá-lo, mas, naquelas condições, foi impossível.
“Gabriel ficou conversando com ele, tentando mantê-lo acordado na esperança de que ele pudesse ser resgatado. Ele forneceu a própria máscara de oxigênio para Hassan. Mas, naquelas condições adversas, não foi possível sequer resgatar o corpo após a sua morte”, concluiu.