O Canal Rural entrevistou na segunda-feira (8) o vice-governador da Bahia, João Leão (PP), que detalhou o momento que o setor produtivo passa no estado do Nordeste.
“Nós temos um prazer muito grande de ver a Bahia cada vez mais se transformando nesse celeiro agrícola do Brasil. Na década de 1950, só se falava de cacau, na década de 1980 começamos a produzir soja e milho no cerrado, onde temos uma produtividade enorme. Hoje também produzimos o melhor algodão do mundo. Além disso tudo, entramos com a produção de cana-de-açúcar na região do Médio São Francisco, onde queremos transformar em uma nova Ribeirão Preto do Brasil, com uma produtividade excepcional”, disse.
Cacau
A agricultura baiana mira no futuro, mas não esquece do passado glorioso que teve na produção de cacau. Agora, décadas depois da devastação causada pela praga vassoura de bruxa, o cacau é produzido com outra perspectiva no estado. “Estamos melhorando na região Sul, que é a de produção tradicional, no eixo Ilhéus-Itabuna, mas também caminhamos para o oeste da Bahia, com cacau irrigado. Estamos fazendo experimentos, tirando até 300 arrobas de cacau por hectare. É um novo rumo na agricultura baiana”, comentou.
Segundo Leão, por muitos anos a mão de obra baiana foi para os estados do Sudeste para garantir o progresso nesses locais. Agora, o governo quer que essa população sinta orgulho da Bahia e volte para desenvolver também a terra natal. “Nós queremos que os baianos voltem para casa, pois desenvolvemos São Paulo e a Bahia, agora, é um estado em pleno desenvolvimento. Em termos de infraestrutura pública, já somos o 2º do Brasil e, na área de saúde, somos o 1º do Brasil”, disse.
Geração de empregos e tributos
“Temos uma concentração de riqueza muito grande na região metropolitana de salvador. Para se ter uma ideia, a região metropolitana arrecada 76% do nosso ICMS. O litoral norte 5%, o litoral sul, 0,25%. Feira de Santana arrecada 5%, com isso fechamos 85% da arrecadação do estado em uma área territorial de 4,3%. Estamos construindo uma grande obra, que é a ponte Salvador-Itaparica, fazendo que toda a região oeste fique mais próxima a Salvador, assim como o Sul, de Porto Seguro para Salvador fique mais perto 250 quilômetros”, explicou.
Covid-19
Questionado sobre a situação do estado no enfrentamento da pandemia de Covi-19, o vice governador reconheceu que o momento é de preocupação. “A coisa não está bem no estado. Gostaria de ver a posição do Brasil de forma muito coerente. Os brasileiros precisam se unir e, aqui, estamos unidos com todos os prefeitos da Bahia, independente do partido. Queremos estar de braços dados com eles e também queremos nos unir ao presidente Bolsonaro, mas o presidente precisa ter a boa vontade para se unir com todo o povo. Usem máscara, usem álcool em gel. Tenha cuidado com a sua vida”, concluiu.