O candidato ao conselho de administração da Petrobras e indicado pela União para a presidência do colegiado, Pietro Mendes, teve o nome rejeitado por acionistas que votaram a distância para ocupar o posto de “chairman”, de acordo com o mapa de votação divulgado pela companhia na segunda-feira (25), o chamado Boletim de Voto à Distância (BVD). Embora não signifique que o executivo não será eleito, mesmo tendo o nome rejeitado por acionistas que totalizam 816,1 milhões de votos (cada ação corresponde a um voto), o fato adiciona mais um ingrediente na primeira assembleia geral ordinária (AGO) da Petrobras sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que será realizada nesta quinta-feira (27) às 13h.
O BVD foi criado para aumentar a participação de acionistas em assembleias e facilitar a votação dos temas propostos pelas companhias. No caso da Petrobras, é uma sinalização de voto de acionistas estrangeiros, em especial, que podem estar manifestando descontentamento com os nomes indicados. Cercada de expectativas, a eleição dos novos conselheiros pode ser o primeiro passo de uma guinada na condução da companhia desde a reestruturação promovida a partir de 2016.