Os nove vereadores petistas na Câmara paulistana negaram, em nota, que estejam pressionando o partido para trocar o pré-candidato do PT para a Prefeitura de São Paulo, Jilmar Tatto. Uma ala do partido é favorável à troca de Tatto pelo ex-prefeito paulistano Fernando Haddad (PT), que não deseja disputar a eleição.
Alguns dos motivos levantados para a troca estão no resultado de pesquisas de intenção de voto, que atribuem marcas entre 2% e 3% ao pré-candidato, e no histórico de Tatto, ex-secretário de Transportes da gestão Haddad, em uma disputa majoritária. Em 2018, ele tentou uma das duas vagas ao Senado colando sua imagem à do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas ficou em sétimo lugar, com 6% dos votos.
Reportagem da Folha de S.Paulo na última sexta-feira (17) aponta que petistas avaliam que Tatto não seria tão atrativo para auxiliar a angariar votos para as candidaturas do partido à Câmara Municipal, o que poderia minar a força do partido na cidade. Haddad, que ganhou ainda mais evidência na disputa da última eleição presidencial contra Jair Bolsonaro (sem partido), cumpriria melhor esse papel, na visão de alguns membros do partido.
Segundo a bancada, “são falsas as afirmações de que a bancada de vereadores do PT esteja fazendo pressão para retomar a candidatura de Fernando Haddad, inclusive porque o ex-prefeito tem negado, de maneira incisiva, disposição para o pleito”. A nota, divulgada no sábado (18), é assinada por toda a bancada, o que inclui Eduardo Suplicy e Jair Tatto, irmão do pré-candidato.
O comunicado dos vereadores diz que a hipótese de Haddad ser candidato configuraria uma tentativa de influência externa.