Neste 6 de junho, Dia Municipal da Pessoa Trancista, a presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e vice da Comissão de Reparação da Câmara Municipal de Salvador, vereadora Ireuda Silva (Republicanos), relembra seus projetos em prol dessa categoria para a economia e a culturas baiana e brasileira. A republicana afirma que é recordista em iniciativas nesse sentido, sendo a parlamentar que levantou a bandeira das trancistas no Brasil.
Em 2023, Ireuda protocolou uma série de projetos de indicação em prol da valorização da profissão de trancista e da melhoria das suas condições de trabalho. Um deles, direcionado ao governo federal, regulamenta o ofício em âmbito nacional. Após reuniões da republicana em Brasília, a regulamentação está em curso no Ministério do Trabalho e a expectativa é que seja concluída no segundo semestre.
“Através da regulamentação, podemos assegurar o acesso a treinamento adequado, proteger os direitos trabalhistas e promover o respeito à herança cultural que as trancistas representam. É hora de reconhecer oficialmente a contribuição inestimável dessas profissionais para nossa sociedade”, diz Ireuda.
Centro de valorização
Um projeto de indicação cria o Centro de Valorização Municipal à Trancista Idalice Bastos (PIN-239/2023) e o outro institui o Fundo Municipal de Apoio à Trancista (PIN-240/2023). Ambas as indicações são direcionadas ao prefeito de Salvador, Bruno Reis.
Segundo a matéria, o objetivo do Centro de Valorização Idalice Bastos é abrir portas “para que esses profissionais tenham acesso a cursos de capacitação viabilizados por este Centro, aperfeiçoamento, benefícios de créditos estatais, além de promover a divulgação e preservação dessa rica tradição cultural milenar”.
Já o fundo municipal servirá “para receber e distribuir recursos financeiros para a realização de atividades ou projetos municipais específicos”.
Por sua vez, o Projeto de Lei nº 277/2023 busca reconhecer a profissão de trancista como patrimônio cultural imaterial da capital baiana. A vereadora destaca que a profissão de trancista é intrinsecamente ligada à história e à cultura na Bahia.
“As tranças, além de serem uma expressão artística, também desempenham um papel fundamental na preservação das tradições e na promoção da autoestima das pessoas negras”, diz Ireuda.