“Quando uma mulher morre todas nós morremos um pouco com ela”, diz vereadora
A presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, vereadora Ireuda Silva (Republicanos), pediu apuração rigorosa do assassinato da policial militar Silvya Rafaella Gonçalves Pereira, de 38 anos, morta com um tiro pelo marido e também soldado Edson Salvador Ferreira de Carvalho, segunda-feira, 5, em Ibotirama, no oeste da Bahia. A suspeita é que ela tenha sido vítima de feminicídio. O marido se suicidou em seguida.
“O feminicídio é um crime bárbaro, que ainda é muito subnotificado no Brasil e especialmente na Bahia. Assassinar uma mulher por questões inerentes à sua feminilidade é o ápice da desumanização que uma pessoa pode sofrer. É fruto do machismo, que é cultural na sociedade e que precisa ser combatido diuturnamente. Quando uma mulher morre por ser mulher, todas nós morremos um pouco com ela. Infelizmente, o machismo fez mais uma vítima”, diz Ireuda.
A vereadora tem projetos que visam combater a violência contra a mulher. Além da campanha carnavalesca “Meu corpo não é sua fantasia”.Tem a proposta para criar a Guardiã Maria da Penha na Guarda Municipal e também nas escolas. Em relação a este último, haverá uma série de atividades educativas para alunos, pais e professores, com o objetivo de promover a conscientização e desconstruir o machismo desde cedo, evitando a produção de novos agressores e empoderando as mulheres.