Mesmo com a exploração de petróleo próximo ao arquipélago de Abrolhos, no sul da Bahia, adiada pela justiça, as ativistas Luisa Mell, a vereadora Ana Rita Tavares (PMB) e o deputado Afonso Florence (PT) ingressaram judicialmente com uma ação popular a fim de garantir a preservação do local.
Em sua rede social, Ana Rita, classificou o leilão realizado em outubro pelo Governo Federal de “criminoso” e a possível exploração de “desastre ecológico”. Ela disse que espera que o “nosso Poder Judiciário decida a favor de Abrolhos, do meio ambiente e da nossa fauna marinha neste momento tão ameaçada pela insensibilidade do governo federal, impedindo, assim, o criminoso leilão que objetiva a escolha de empresas que venham a explorar petróleo (pré-sal) na área deste divino santuário marinho, que abriga o maior banco de corais e a maior biodiversidade marinha do atlântico sul, berçário de baleias jubarte e outras espécies somente ali encontradas. Chega de desastres ecológicos!”
Segundo a vereadora, dos 36 blocos marítimos colocados à disposição pelo pregão do Ministério de Minas e Energia, somente 12 foram arrematados. O desinteresse se deu por conta das medidas judiciais em curso, em sua maioria movidas por Ongs ambientalistas, além da insegurança quanto a aspectos ambientais, evidenciados por pareceres técnicos, que foram ignorados pelo próprio diretor do Ibama.
Apesar de apenas 1/3 dos blocos terem sido arrematados, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) afirma que as demais áreas seguirão sendo ofertadas permanentemente.
Parque Nacional
Abrolhos é o primeiro parque nacional marinho do Brasil. No último dia 6, completou 36 anos de criação. Localizada no litoral da Bahia e administrada pelo Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), a unidade de conservação é dona da mais rica biodiversidade do Atlântico Sul.