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A vereadora diz que entrou na política por um ‘chamado de Deus’
Nesta sexta-feira 8 de março, Dia Internacional das Mulheres, uma vereadora, Lorena Brandão (PSC) foi confirmada como a nova vice-líder do governo na Câmara Municipal de Salvador. Paulo Magalhães Jr. já havia sido anunciado como o líder do governo no mês passado. Veja abaixo um pouco quem é esta mulher:
Nome completo: Lorena Brandão Portela
Idade: 45 anos (25/07/1973)
Naturalidade: Salvador
Estado Civil: Casada
Filhos: Dois
Bairro onde reside: Piatã
Formação: Direito
Time: “Eu torço para o Bahia aqui na Bahia, apesar de ser profundamente apaixonada pelo Corinthians”.
Religião: Evangélica
Livro: “Na minha cabeceira hoje eu tenho: “Anita Garibaldi”, de Nelson Câmara. Eu tenho “A Verdade Sufocada”, do Coronel Ustra. Tenho minha Bíblia, lógico, a minha Constituição e meu Código Civil”.
Filme: “Para mim, marcantemente, vou dizer ‘Senhor do Anéis’.
Hobby: “Minha distração é o ballet. É o funcional na praia. Eu toco piano. A leitura é o maior de todos os prazeres, mas tenho muitas paixões. Eu gosto de dançar. Gosto muito de malhar, gosto de bicicleta, gosto muito de contato com a natureza”.
Mini quiz sobre Salvador
Qual a população de Salvador?
Lorena Brandão: Três milhões, mais ou menos.
Resposta oficial: 2,95 milhões de pessoas, no 1º trimestre de 2017 (Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do IBGE).
Qual o bairro mais negro de Salvador?
Lorena Brandão: Liberdade
Resposta oficial: Em números absolutos, em 2010, quando foi feito o último levantamento, o bairro com mais negros era Pernambués (53.580 pessoas). Em termos de percentagem de negros na população, o líder era Ilha de Maré, onde 92,99% dos moradores se declararam negros em 2010 (Fonte: Censo Demográfico).
Salvador tem mais homens ou mulheres?
Lorena Brandão: Mais mulheres
Resposta oficial: 46,8% são homens e 53,2% são mulheres, no 1º trimestre de 2017 (Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua).
Qual a data de aniversário de Salvador?
Lorena Brandão: Não guardo na minha memória.
Resposta oficial: 29 de março.
Eleita para o primeiro mandato, a vereadora Lorena Brandão, que é bispa do Ministério Internacional Caminho das Árvores, afirma que foi atraída para a política por meio de um chamado divino. “Foi Deus que me elegeu”. Filiada ao Partido Social Cristão (PSC) há cerca de 15 anos, diz que nunca vislumbrou cargos, tanto no Legislativo, quanto no Executivo, até se candidatar nas eleições de 2016. “Achava que ia perder tempo, perder a juventude, colocar no lugar errado a força do meu trabalho”.
Mesmo sem trajetória na vida política, considera que o trabalho humanitário que desenvolve à frente da igreja, como também como fundadora e professora da Faculdade Batista Brasileira, revela a aptidão que sempre teve para “cuidar de pessoas”. A vereadora faz questão de destacar que não tem na política nenhuma pretensão financeira. “Sou empresária. Eu trabalho na hora que quiser. Sou uma mulher exitosíssima, financeiramente super bem-sucedida, num patamar de vida, aos 45 anos, que nada me falta. Não preciso nem mais trabalhar […]. A política veio para mim como um chamado de Deus””, reitera.
Evangélica, a vereadora garante que a consciência religiosa guia o seu mandato. Neste contexto, ressalta que essa mesma consciência garante o entendimento de que irá trabalhar para todas as pessoas, independentemente de religião. A vereadora celebra o avanço do número de representantes no Legislativo declaradamente evangélicos na Câmara Municipal. Ela considera que os representantes destes fiéis precisam se unir para promover juntos o resgate dos valores familiares. “Eu acredito que a bancada evangélica precisa se posicionar melhor. Precisa estar unida em todos os sentidos. Precisa ter voz única”.
Entre as oito vereadoras num total de 43, Lorena Brandão considera que a própria mulher pode provocar a mudança de pensamento numa sociedade estruturalmente machista. “Nós que somos cuidadoras de meninos e meninas precisamos criar filhos para essa nova conjuntura, para o entendimento de que a mulher é uma companheira, é aquela que anda do lado”.
Um dos primeiros projetos de lei apresentado pela vereadora pede a proibição de veiculação de músicas que desvalorizem, incentivem a violência ou exponham mulheres à situação de constrangimento em escolas e creches municipais. Eleita com 7.312 votos, a vereadora afirma que não teve votos concentrados em uma região específica da cidade. “Minha votação está bem pulverizada em toda a Salvador. Eu tive voto em absolutamente todas as zonas. Eu quero te dizer, inclusive, que foi em todas as seções”.
