Presidente da Comissão Temporária de Direitos Humanos e Defesa da Democracia Makota Valdina Pinto, da Câmara Municipal de Salvador, a vereadora Marta Rodrigues (PT) ressaltou, terça-feira (1º), a importância do Dia Mundial de Luta Contra a Aids e suas diversas conquistas e avanços. A vereadora destacou, no entanto, que ainda é necessária a batalha diária pela quebra de estigmas e de preconceitos da população através da disseminação de informação.
“Um desses desafios que temos é vencer os estigmas, que estão atrelados à desinformação e aos preconceitos morais, às muitas fake news e a um discurso de ódio muito grande, pois há uma equivocada associação do HIV e da Aids aos homossexuais e isso vem de uma cultura machista”, declarou a vereadora, lembrando que os números mostram que heterossexuais também são infectados, já que os comportamentos de risco são casuais e diversos.
Sorofobia
No entanto, acrescenta Marta, existe uma tentativa de marginalizar quem convive com o vírus, consequência do que se chama sorofobia. “As pessoas precisam entender que quem convive com o HIV e faz o tratamento adequado, além de ser considerado indetectável, ou seja, não transmite o vírus, pode levar uma vida saudável tranquilamente. Ainda hoje, infelizmente, precisamos explicar que o HIV não se transmite por saliva, contato com a pele ou objetos usados pela pessoa e que é uma doença que não tem cor nem forma nem orientação sexual”, acrescentou.
“Precisamos desvincular essa imagem de que a infeção por HIV é um pecado, uma punição. E precisamos fomentar ainda mais o debate e a explicação sobre as formas de prevenção, de precaução e o uso da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) junto com a Prevenção Combinada. É a saúde pública promovendo o autocuidado”, pontuou. Segundo Marta, “o resultado positivo da sorologia não define quem você é ou o que será de sua vida, tampouco qual o caráter da pessoa”.