Para a presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara Municipal de Salvador, vereadora Ireuda Silva (Republicanos), os 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres são mais uma oportunidade para reforçar a importância de discussão e combate. De acordo com Ireuda, muitas pessoas só se lembram de certos temas em datas específicas.
“Proponho que, em vez de 16 dias, sejam 365 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres. Defendo ferrenhamente essa ideia. Erradicar as chagas o machismo exige uma postura ética, empática e proativa que deve ser adotada durante todos os minutos da nossa existência, pois, nas batalhas, o inimigo ataca quando o oponente baixa suas defesas”, avalia a republicana.
Na quinta-feira (3), Ireuda dedicou a edição do “Programa Forte por Ser Mulher” à campanha, debatendo-a com a vereadora Marta Rodrigues e a advogada Natália Peterson.
Pesquisa
De acordo com a pesquisa “Visível e Invisível: a vitimização de mulheres no Brasil”, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, uma em cada quatro mulheres acima de 16 anos disse ter sofrido algum tipo de violência ou agressão em 2020. Foram 17 milhões de mulheres vítimas de violência física, psicológica ou sexual. Ainda segundo o levantamento, as negras e mais jovens são as vítimas preferenciais — mais de 28% das mulheres pretas disseram que sofreram agressões.
Já no ano passado, a Bahia registrou 113 crimes de feminicídio, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Foi um crescimento de 11,8% em comparação ao registrado pelo estado em 2020. O aumento foi registrado pelo segundo ano consecutivo.