Segundo a vereadora Marta Rodrigues (PT), é urgente a necessidade de atualização do Plano Diretor de Encostas (PDE), “para que se tenha real noção das novas áreas de risco que surgiram na cidade”. Ela observa que a cada período de chuva em Salvador ocorrem transtornos para a população, “de todas as classes sociais,
mas principalmente para a periferia, onde existem mais áreas de risco de deslizamentos, alagamentos e desabamentos.
Segundo a vereadora, o estudo existente é defasado, de 2004, e a Prefeitura de Salvador não cumpriu a promessa de atualizá-lo. “Até hoje não existe um Plano Municipal de Saneamento Básico, tampouco de micro e macrodrenagem urbana. Preparar Salvador para as chuvas não foi uma prioridade”, pontua Marta.
Inversão de prioridade
Ela acrescenta ainda que a Lei Orçamentária Anual (LOA), aprovada ano passado, previu para 2020, dentre diversas áreas, recursos da ordem de R$50,7 milhões para eventos e festas, R$39 milhões para publicidade institucional e apenas R$10,6 milhões para a Defesa Civil.
“Há uma inversão de prioridades e o déficit vem sendo coberto pelo Governo do Estado. Enquanto a Prefeitura coloca geomantas, o governo vai construindo encostas na cidade toda”, disse.
O governo estadual, segundo Marta Rodrigues, já construiu 63 encostas em bairros como Cajazeiras, Palestina, Castelo Branco, Bela Vista do Lobato, Liberdade, Paripe, Alto do Peru, Pirajá, Plataforma, Beiru e Coutos. Atualmente, são 16 encostas em andamento (nos bairros do Lobato, São Caetano, Narandiba, Calçada, São Marcos, Praia Grande, Boa Vista do Lobato, Cidade Nova, Marechal Rondon, Monte Serrat), mais 24 obras a iniciar e nove em licitação.