Único integrante do Partido Verde na Câmara Municipal de Salvador, o vereador André Fraga (PV) classificou como “positivo” o fato de o debate ambiental permear o discurso dos pré-candidatos a prefeito, sobretudo após a “mudança” de perfil apresentada pelo vice-governador Geraldo Júnior (MDB).
Autor da lei que autoriza a distribuição gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de medicamentos à base de Cannabis em Salvador, o edil pontuou que a medida está na “fase de regulamentação” e atribuiu o preconceito à história. Segundo ele, “o fumo de Angola”, como era chamado, foi marginalizado na época da abolição da escravidão, que culminou na proibição de culturas como o candomblé e a capoeira.
“Na prática, a maconha veio para o Brasil por meio dos negros escravizados da África. Essa maconha era utilizada em vários rituais. […] Quando foi proibida foi no sentido de se fazer um controle social de uma população. O Brasil, inclusive, foi o primeiro país do mundo a proibir. Isso tudo é a raiz do preconceito que a gente vive até hoje”, declarou André Fraga.