Vereador propõe telemedicina nas unidades de saúde de Salvador

Visando aumentar a resolutividade no atendimento aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) em Salvador, o vereador Átila do Congo (Patriota) propôs, por meio do Projeto de Lei nº 129/2023, a implantação da telemedicina nas unidades de saúde da rede municipal da capital baiana.

Segundo o vereador, atualmente, 100% dos serviços de saúde do município contam com prontuário eletrônico para integrar o acolhimento dos usuários, facilitando o encaminhamento dos quadros de saúde na medicina à distância.

Átila do Congo defende que o modelo de telemedicina – que se tornou lei no final do ano passado devido à sua contribuição importante durante a pandemia da Covid-19 – seja completamente incorporado à rotina das unidades de saúde de Salvador.

“A regulamentação a nível nacional trouxe mais segurança aos profissionais médicos e mais autonomia e flexibilidade aos pacientes. Sabemos das dificuldades de acesso à internet e dispositivos que permitem a realização de consultas por parte da população, mas, por outro lado, temos uma forte democratização na oferta desse serviço aos cidadãos que vivem em regiões distantes ou que possuem uma rotina que impede a ida ao posto de saúde”, justifica Átila.

O índice de resolutividade dos atendimentos durante a crise sanitária, por meio da telemedicina, atingiu 91% no país, sem a necessidade de deslocamento do paciente para a unidade de saúde. Além disso, a prática aumentou significativamente o salvamento de vidas. De acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Telemedicina e Saúde Digital, entre 2020 e 2021, mais de 7,5 milhões de atendimentos foram realizados via telemedicina no Brasil, envolvendo mais de 52,2 mil médicos.

O parlamentar reforça que esse cenário positivo pode se tornar realidade no município, uma vez que a solução encontrada durante um momento de crise deve ter um caráter permanente. “Precisamos abrir essa possibilidade para todos. A tecnologia proporciona um processo de inovação que deve ser aproveitado na cidade, trazendo um impacto significativo, especialmente na economia dos usuários em termos de deslocamento, bem como na pasta da Saúde no que se refere aos custos nas unidades de saúde e com os médicos”.

De acordo com o projeto de lei, “será garantida ao médico a liberdade e total independência na decisão de utilizar ou não a telemedicina, indicando a consulta presencial sempre que considerar necessário”.