O presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Salvador, vereador Maurício Trindade (DEM), visitou, na manhã desta última quarta-feira (24), a Unidade de Saúde da Família Professor Sabino Silva, no Nordeste de Amaralina. O objetivo da ação, que contou com a presença do secretário municipal de Saúde, Leo Prates, foi verificar a situação da unidade, ouvir usuários do serviço, profissionais e gestores.
Como avaliou Maurício Trindade, que também é médico, a situação da unidade não difere muito das demais visitadas pela comissão. “Vimos filas imensas que deixam a população exposta ao sol e à chuva e recebemos reclamações dos usuários por dificuldade para marcar exames devido à falta de médicos. Para conseguir uma senha de atendimento é necessário chegar na madrugada, quando mais uma barreira é encontrada: a insegurança”, pontuou, destacando que a “unidade não tem alvará da própria Vigilância Sanitária da Prefeitura”.
O secretário Léo Prates percorreu as salas junto com Maurício Trindade, ouviu pacientes e observou os aspectos pontuados pelo vereador. Em nome da Comissão de Saúde, foram feitas algumas indicações, como a compra emergencial medicamentos, compra de material de higiene, substituição da empresa de manutenção predial, aquisição de mobiliário e instalação de toldos nas áreas em que população aguarda atendimento.
Segundo o vereador, as piores constatações da vista foram “a falta de medicação básica e encontrar a população aguardando de pé, numa fila de mais de 50 pessoas, expostas ao tempo, o que caracteriza uma grande humilhação”.
Reclamações
Usuária da unidade, Célia Tavares agradeceu à Comissão de Saúde e exigiu as mudanças. “Do jeito que está é horrível. Temos que chegar de madrugada para pegar uma ficha”, assegurou. “Isso aqui nunca prestou. Não temos médico e sempre falta medicamento”, reclamou Elízia Gomes, moradora do bairro.
Para Maurício Trindade, as visitas da Comissão de Saúde aos postos são fundamentais para a construção de uma saúde melhor. “Tem muita coisa errada, começou errado e continua errado. Um erro que não se conserta é responsável por uma sucessão de erros”, apontou.