O vereador petista Renato Freitas foi detido, na noite da última sexta-feira (23), em Curitiba, no Paraná, ao participar conforme o Pleno News de um protesto contra o presidente Jair Bolsonaro. Renato estava em uma praça no Centro da cidade quando foi rendido por guardas municipais e levado dentro do porta-malas da viatura para a Central de Flagrantes.
O parlamentar gravou um vídeo conforme o site enquanto aguardava para depor. Ele afirmou que usava um megafone para gritar palavras de ordem contra Bolsonaro quando abordado por um homem.
– Ele veio em cima de mim para pegar meu megafone e eu vim para trás. E em um primeiro momento eu não liguei muito, então ele me deu um chute. Eu coloquei a mão e falei: opa, aqui não. Daí ele já veio feito um louco querendo me agredir – relatou.
Freitas admite que reagiu e, ao tentar afastar o homem com o megafone, o objeto atingiu o rosto dele. Em seguida, a Guarda Municipal chegou. O vereador afirmou sua inocência e disse que câmeras de segurança do local irão comprovar que ele não provocou a confusão e nem ofereceu resistência aos guardas.
– Um fato que deve ser sublinhado é de que quando veio a Guarda Municipal eu comecei a esclarecer o ocorrido e por conta de questões pessoais não me deixaram explicar o que ocorreu. E a Guarda começou a me imobilizar, me agredir. Eles me jogaram no chão, pisaram, começaram me asfixiar. Pegaram o celular e começaram a filmar meu rosto como se eu fosse um troféu – reclamou.
Ainda segundo Freitas, durante o trajeto para a delegacia, os agentes colocaram música no último volume e celebraram a prisão do ativista.
O PT usou as redes sociais para manifestar repúdio à ação.
– A perseguição com lideranças de esquerda precisa parar. Não podemos mais aceitar esses casos de violência, justiça para Renato Freitas já – escreveu o perfil do partido.